Conheça as 11 razões para visitar Maputo e descubra as vibrantes paisagens, hábitos e costumes que contam um pouco de tudo sobre a história moçambicana como um país multilingue e multicultural.
Razões para visitar Maputo
1. Catedral da Nossa Senhora da Conceição
Se vai visitar maputo, inclua no seu roteiro a Catedral de Maputo, denominada Nossa Senhora da Conceição, é um edifício emblemático, projectado em 1936 pelo engenheiro Marcial Freitas e Costa e inaugurado em 1944 pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, Manuel Gonçalves Cerejeira. Tem como características, 66m de comprimento, altura interior de 16m e uma torre com 61m de altura.
2. Igreja Católica Santo António da Polana
O templo situado num dos bairros mais famosos de Maputo é popularmente conhecido como espremedor de limão, devido ao formato de uma “flor invertida” do tecto. A obra de 1962 é de autoria do arquitecto Nuno Craveiro Lopes que, inclusive, teria se inspirado totalmente em uma igreja brasileira: a Catedral da cidade de Maringá.
- Av. Kwame Nkruma, Maputo
3. Casa de Ferro
A Casa de Ferro, situada a poucos metros da praça da Independência é um imóvel pré-fabricado, desenhado por Gustave Eiffel, em 1892, para alojar o então Governador de Moçambique.
No entanto, a estrutura vinda da Bélgica acabou não cumprindo a finalidade de abrigar o então governador-geral de Moçambique por conta do clima sub-tropical de Moçambique, que transformava o prédio em um verdadeiro “forno”.
Actualmente, a Casa de Ferro abriga o Ministério da Cultura e do Turismo e pode ser visitada por dentro sem custo algum. No local — situado ao lado Jardim Botânico de Maputo — o visitante encontra uma exposição de objectos de cidades medievais moçambicanas.
4. Mercado Central de Maputo
O Mercado Municipal de Maputo ou Bazar, como também é chamado, é também uma das razões para visitar Maputo, uma obra de David de Carvalho construída com elementos em ferro importados da Bélgica. Inaugurado em 1901, no local vende-se um pouco de tudo: alimentos diversos, frutas, legumes, perfumadas especiarias, objectos para casa, de uso pessoal e também souvenires.
O mercado é um ponto turístico bastante visitado de Maputo, mesmo por aqueles que não têm a intenção de comprar nada. Isso por conta da atmosfera do local, situado na zona baixa da capital moçambicana, cheio de comerciantes e habitantes locais que vão até lá para fazer suas compras.
- Av. 25 de Setembro, Maputo
5. Praça da Independência
Se vai visitar Maputo não deixe de visitar a Praça da Independência, o símbolo da independência moçambicana, a praça está situada entre a cidade alta e a cidade baixa e abriga a estátua do primeiro presidente de Moçambique independente, Samora Moisés Machel, líder que ficou conhecido pelos discursos inflamados e que enfatizavam o fim da exploração colonial.
A estátua passou a habitar o centro da praça somente em 2012 e no lugar de uma outra, a do governador-geral português Mouzinho de Albuquerque. Obra de arte que pode ser vista na fortaleza de Maputo.
Na parte de trás da praça, também está situado o prédio da Câmara Municipal, uma construção de 1941, dos arquitetos Carlos César dos Santos, Arnaldo Pacheco e Franz Keindl. Inclusive, no passado, lia-se no pavimento frontal a inscrição “Aqui é Portugal”, frase dita pelo presidente Américo Tomás durante visita ao país, em 1964.
6. Jardim Tunduru
Uma das razões para visitar Maputo é o Jardim Tunduro ou Jardim Botânico Tunduro, que é um belo refúgio verde em meio ao concreto, criado em 1885 pelo paisagista inglês Thomas Honney, responsável pela concepção dos jardins do rei da Grécia e do sultão da Turquia. O local, que abriga uma série de espécies de plantas indígenas exóticas, é excelente para uma caminhada ou momentos de relaxamento sob árvores frondosas.
Ao visitar o jardim, poderá admirar o belo arco que fica na entrada, em estilo neomanuelino. A peça foi colocada no local em 1924, na ocasião do aniversário de morte do navegador Vasco da Gama. Outra obra de arte que pode ser vista em frente ao arco é a estátua do presidente Samora Machel, feita por escultores norte-coreanos.
Uma fonte Wallace de ferro fundido com quatro figuras femininas sustentando uma cúpula também faz parte do “acervo” do parque. A peça foi fabricada pela Fonderies d’Art du Val d’Osne e uma das teorias existentes é a de que ela foi trazida para Maputo pelas mãos do engenheiro francês Eugène Tissot.
7. Museu de Historia Natural
Animais embalsamados das mais diversas espécies podem ser vistos de perto no Museu de História Natural. Mais precisamente uma colecção composta por 200 mamíferos, mais de 10 mil aves, mais de 170 mil insetos, além de 1.250 invertebrados e 150 répteis. Isso sem contar com uma impressionante exposição de fetos de elefantes, desde a concepção até o 22º mês de gestação.
A entrada no museu fundado em 1911 — instalado em um belo edifício inspirado no estilo Manuelino — custa apenas 50 MT. Visitar Maputo sem visitar esse Museu não faz muito sentido.
- Praça Travessia do Zambeze, 104, Maputo
- Telefone: +258 21 486 516
8. Estação Central dos Caminhos de Ferro (CFM)
Um dos edifícios mais emblemáticos de Maputo (e não só) é a estação central dos Caminhos de Ferro (CFM). Uma construção erguida entre 1908 e 1910, eleita em 2016 a terceira mais bonita do mundo pela revista Times.
Na fachada da estação que fica de frente para a Praça dos Trabalhadores, chamam a atenção o estilo clássico e a bela cúpula principal, pré-fabricada na África do Sul. Já na parte de dentro, o visitante praticamente volta no tempo ao deparar-se com locomotivas antigas, sendo uma delas a primeira usada no trajecto Maputo-Pretória.
A visita à estação não fica completa sem uma passadinha pelo museu que, além da exposição permanente no interior do edifício, mantém uma exibição temporária mostrada ao longo das plataformas de embarque e desembarque de passageiros. A entrada no museu custa 50 MT.
Lembrando que a estação funciona como tal; actualmente partem do local alguns poucos comboios em direcção ao Zimbabwe, à Suazilândia e à África do Sul, porém as condições das locomotivas não são das melhores para o turismo.
- Praça dos Trabalhadores, Maputo
- Site: http://www.cfm.co.mz
- Horário: Horário de abertura do Museu: Terça a Sexta-Feira: 10h às 17h Sábado, Domingo e Feriados: 10h às 16h
9. FEIMA – Feira de Artesanato, Flores e Gastronomia
A Feira de Artesanato, Flores e Gastronomia de Maputo é um mercado a céu aberto, instalado em uma área verde, o Parque dos Continuadores, onde são vendidos objectos de decoração para a casa, bijuterias, capulanas coloridas (roupas típicas usadas pelas mulheres), acessórios e muito mais.
Tudo o que é comercializado no local é feito por artesãos da cidade, mas a dica é barganhar bastante o preço ao encontrar algum item que agrade. Isso porque o preço para o turista costuma ser um pouco mais salgado do que o normal.
Ah, ao visitar a Feima, aproveite para experimentar algumas delícias da gastronomia moçambicana servidas por lá, a exemplo do caril de camarão (camarão ao curry) e o frango à zambeziana. Os pratos custam a partir de 250 MT.
Jardim do Parque dos Continuadores, Av. Martires da Machava, Maputo
- Telefone: +258 21 493 179
10. Fortaleza da Nossa Senhora da Conceição
Erguida em 1787, a Fortaleza da Nossa Senhora da Conceição ou apenas Fortaleza de Maputo, como é comumente chamada era toda feita de madeira. Uma estrutura que, ao longo do tempo, sofreu ataques, passou por períodos de abandono, reconstrução até tornar-se o que é hoje, um importante monumento histórico da capital moçambicana.
No local, o visitante vai ver de perto relíquias de outros fortes do país, como canhões, e estátuas de colonizadores portugueses, que no passado podiam ser vistas nas ruas de Maputo. No entanto, o ponto alto do tour pela fortaleza é a visita à sala que abriga o caixão de madeira trabalhada, contendo os restos mortais de Ngungunhana, o controverso imperador de Gaza.
O famoso líder foi capturado pelos portugueses e levado para Portugal como uma espécie de prêmio. Ele morreu em 1906, porém seus restos mortais retornaram a Moçambique somente em 1985, vindos dos Açores.
- A entrada na fortaleza custa 20 MT por pessoa.
- Avenida Samora Machel, Maputo
11. Museu Nacional da Moeda
O edifício foi construído em 1860 e é considerada a primeira casa de alvenaria da então cidade de Lourenço Marques, actual Cidade de Maputo. É de arquitectura indo-portuguesa. Esta propriedade pertencia a um comerciante indiano que, posteriormente, a vendeu ao Governo Português pela quantia de 750 libras esterlinas. A sua anterior estrutura desapareceu e ganhou uma mais modernizada que não permite que confundam o edifício com uma residência.
Actualmente, a Casa alberga o Museu Nacional da Moeda, administrado pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM). A criação do Museu da Moeda insere-se no âmbito da preservação e valorização do património histórico de Moçambique, tendo em conta que a moeda é um testemunho histórico importante, revelando o grau de desenvolvimento económico de uma sociedade e as relações socioeconómicas, políticas e culturais entre povos ou países.
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