A Casa de Ferro é um imóvel pré-fabricado, situada a poucos metros da praça da Independência, desenhada e projectada por Gustave Eiffel (o mesmo que projectou a Torre Eiffel em París, França) em 1892.

Foi construído na Bélgica por encomenda do governo colonial para servir de residência ao governador-geral de Moçambique, em 1882. Agora remontado no Jardim Tunduru, este edifício pré-fabricado, inteiramente em ferro, localizava-se na Avenida 5 de Outubro, quando foi arrendada ao Instituto Dona Amélia em 1893.

A casa foi relocalizada e remontada em 1966, onde se encontra até hoje. Caracterizado pelo uso do ferro, este processo construtivo revela o princípio da pré-fabricação. O Sistema Danly consiste na utilização do ferro como material único, existente nas estruturas, paredes e coberturas.

Casa de Ferro, Maputo
Casa de Ferro, Maputo

 

Era um sistema industrial, ao qual Joseph Danly, no seu conceito, quis atribuir beleza e rigidez nas construções. As chapas constituintes das paredes são estampadas, funcionando como peças decorativas aliadas ao enriquecimento das estruturas decorativos em ferro que perfazem os pisos e varandas.

Após a construção da Casa de Ferro em Moçambique, Danly introduziu este sistema de prefabricação na América Latina e Brasil, onde foram construídas mais e outras “casas de ferro”.

A estrutura vinda da Bélgica acabou não cumprindo a finalidade de abrigar o então governador-geral de Moçambique, isso por conta do clima tropical de Moçambique, que transformava o prédio em um verdadeiro “forno”.

Hoje em dia, a Casa de Ferro abriga o Ministério da Cultura e do Turismo e pode ser visitada por dentro sem custo algum. No local (situado ao lado Jardim Botânico de Maputo) o visitante encontra uma exposição de objectos de cidades medievais moçambicanas.

 

Um educador e defensor comprometido com a causa. Autor de blogs académicos, compartilha seu conhecimento sobre vários assuntos educacionais, tecnologia e promove o potencial do país. Recentemente, expandiu seu foco para o turismo, destacando as riquezas naturais e culturais da sua pátria. Sua abordagem visa inspirar o desenvolvimento económico sustentável e preservar o património do país, mostrando ao mundo as maravilhas que Moçambique tem a oferecer.

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