As pinturas rupestres de Manica intrigam estudiosos e turistas há décadas. Alguns acreditam que esses registros, encontrados nas montanhas de Chinhamapere, podem ser muito mais antigos do que imaginamos, desafiando a linha do tempo oficial da presença humana na África Austral. Datadas entre 3.000 e 10.000 anos, há quem sugira que essas pinturas podem até pertencer a civilizações que desapareceram sem deixar rastros.

Mensagens de Outro Mundo ou Rituais Sobrenaturais?

Muitos desenhos representam figuras humanas em posturas que lembram danças ou cerimônias – algumas em posições tão peculiares que pesquisadores sugerem serem rituais espirituais, talvez até de contacto com o mundo dos espíritos. Estudiosos de arqueologia mística dizem que os antigos habitantes de Manica poderiam estar tentando representar o “invisível”: espíritos ou entidades sobrenaturais com os quais acreditavam interagir.

Aliens em Manica? Os “Seres” nas montanhas de Chinhamapere

Algumas interpretações polémicas sugerem que certas figuras retratadas nas pinturas têm formas que não se parecem com humanos nem com animais conhecidos. Com um toque de teoria conspiratória, alguns teorizam que esses poderiam ser seres “de outro mundo” que teriam visitado nossos ancestrais. Embora essa teoria seja amplamente desacreditada, os desenhos enigmáticos continuam a provocar curiosidade e teorias especulativas.

Pinturas rupestres (Foto: Natural Geographic)

Mas como as tintas sobreviveram por milénios?

Como essas pinturas, feitas com pigmentos de minerais encontrados na natureza, conseguiram resistir ao tempo e à acção do clima? Algumas teorias sugerem que os antigos artistas de Manica possuíam conhecimentos avançados de misturas de tintas que criaram pigmentos duradouros. Será que essas fórmulas antigas escondem um segredo perdido sobre os materiais usados na pré-história?

Local sagrado ou portal espiritual?

Para as comunidades locais de Manica, as pinturas rupestres não são apenas representações artísticas, mas são consideradas portais espirituais onde os ancestrais se comunicam. Muitas pessoas ainda visitam Chinhamapere para realizar rituais e orações. Este local é visto por muitos como um verdadeiro santuário espiritual, o que atrai tanto turistas quanto estudiosos de espiritualidade, buscando entender a ligação entre o passado e o presente.

Um educador e defensor comprometido com a causa. Autor de blogs académicos, compartilha seu conhecimento sobre vários assuntos educacionais, tecnologia e promove o potencial do país. Recentemente, expandiu seu foco para o turismo, destacando as riquezas naturais e culturais da sua pátria. Sua abordagem visa inspirar o desenvolvimento económico sustentável e preservar o património do país, mostrando ao mundo as maravilhas que Moçambique tem a oferecer.

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