A tribo mais antiga de Moçambique é associada aos povos San, um dos grupos mais ancestrais do continente africano. Os San, também conhecidos como bosquímanos, são caçadores-colectores cujas origens remontam a dezenas de milhares de anos, tornando-os os primeiros habitantes conhecidos do sul da África, incluindo a região de Moçambique.
Os San se destacam por suas tradições culturais, especialmente suas pinturas rupestres, que podem ser encontradas em várias partes de Moçambique. Essas pinturas, que retratam cenas de caça, rituais espirituais e figuras de animais, como antílopes e elefantes, representam uma das expressões culturais mais antigas da humanidade. Essas obras de arte não apenas reflectem o dia-a-dia e as crenças espirituais dos San, mas também oferecem um vislumbre da vida dos primeiros habitantes da região.
Com o tempo, Moçambique começou a receber populações bantu que migraram do Norte e do Oeste da África há cerca de 2.000 a 3.000 anos. Esses grupos bantu, com conhecimentos em agricultura, pastoreio e metalurgia, estabeleceram-se e se integraram na região, formando tribos que, actualmente, compõem grande parte da diversidade cultural do país, como os Macuas, Tsongas e Senas. No entanto, a presença dos San permanece como um elo fundamental na história de Moçambique.
Os San e sua rica herança cultural, especialmente as pinturas rupestres, representam um património de inestimável valor para a identidade histórica de Moçambique. Esses vestígios dos primeiros habitantes destacam-se como um dos tesouros culturais mais antigos e fascinantes da região.