Após anos de dificuldades operacionais e financeiras, as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) estão a implementar um ambicioso plano de reestruturação que visa revitalizar a companhia aérea nacional. Este plano inclui a renovação da frota, a expansão de rotas e a reorganização da estrutura accionista, com o objectivo de melhorar a conectividade interna e internacional do país.
Reforço da frota
A LAM lançou uma licitação internacional para a aquisição de aeronaves Embraer E190 e Boeing 737-700, com o objectivo de modernizar e padronizar a sua frota. Estas aeronaves são conhecidas pela sua eficiência e capacidade de operação em diferentes tipos de pistas, o que é essencial para atender às diversas regiões de Moçambique.
A companhia, anunciou ainda, a aquisição de três novos aviões Boeing 737, cada um com capacidade para 126 passageiros. Estes aviões oferecem maior conforto e segurança, e permitirão à LAM expandir suas operações para novos destinos, incluindo Lusaka, Adis-Abeba e Dubai.
Venda de participações
Como parte do plano de reestruturação, o Governo de Moçambique anunciou a venda de 91% das acções da LAM para empresas públicas nacionais, como a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE), Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB). Esta medida visa arrecadar cerca de 130 milhões de dólares, que serão investidos na aquisição de novas aeronaves e na melhoria da gestão da companhia.
Impacto no turismo e na economia
A modernização da LAM terá um impacto significativo no turismo e na economia moçambicana. Com uma frota renovada e a expansão de rotas, espera-se uma melhoria na conectividade entre as províncias e com outros países, facilitando o acesso a destinos turísticos e promovendo o desenvolvimento regional.
A melhoria dos serviços aéreos poderá atrair mais turistas internacionais, impulsionando o sector hoteleiro, a restauração e outras actividades relacionadas ao turismo. A expansão das rotas de carga também contribuirá para o crescimento do comércio e da economia nacional.1`